Em 25 de agosto, de 1961, dava-se início a um dos fatos da política, que marcaria para sempre a história, gaúcha e nacional.
O então presidente Jânio Quadros renuncia ao cargo, enquanto João Goulart, vice-presidente, está em visita à China. O Brasil vive momentos de instabilidade nunca vista. Os militares, que temem ver no Brasil um governo de esquerda impedem o vice-presidente de assumir o cargo como mandava a lei. Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul, inicia um movimento de resistência, pregando a legalidade, ou seja, a posse de Jango. Brizola fala ao povo pela rádio e inicia o movimento denominado a Rede da Legalidade. Transmitidos a partir de um estúdio montado no porão do palácio Piratini, os programas da legalidade alcançavam ouvintes, até mesmo em outros estados.
Com estes fatos, podemos notar a força de uma liderança, coisa que não vemos mais hoje em dia, e também não vemos o povo se mobilizando da mesma forma, pois lhes faltam cultura, e politização.
Infelizmente, o que vemos hoje, são escândalos, de roubos do erário público e loteamento de cargos políticos.
Sem contar, na falta de capacidade política e cultural, dos que ocupam os cargos eletivos deste país.
Ontem e hoje, assisti a uma reportagem, onde foi perguntado a vários Dep. Estaduais e inclusive a um Dep. Federal, se sabiam o que era a Campanha da Legalidade.
Qual não foi minha surpresa, sim, não foi surpresa alguma, que a maioria dos referidos, representantes do povo, não soubessem do que se tratava, e pior, alguns ainda soltaram pérolas, como, por exemplo, me deixa fora dessa briga, sou Dep. Federal, estou lá em Brasília, e o mesmo após ser informado do que se tratava, ainda justificou, tenho só trinta e poucos anos, não tenho como saber.
Bem nota-se o mais completo despreparo político e ignorância da história, coitado também, deve ter faltado à aula neste dia.
Sem contar os Dep. Estaduais, que se quer sabiam do que se tratava e soltaram mais um monte de pérolas, conseguiram incluir até mesmo Getulio Vargas no referido momento.
Mas pensando bem, coitados, até que não é culpa deles, pois afinal, os votos lhes foram dados, e cada um sabe o que quer e o que é melhor pra si, não é verdade?
Uns gostam de palhaços, outros de Goleiros, e assim vamos formando um congresso bem eclético, responsável por tantas iniqüidades.
Como diria o grande Renato Russo, (Festa estranha com gente esquisita).
Mas ainda acho que seria no mínimo de bom tom, que aqueles que pleiteiam um cargo eletivo, e principalmente aqueles que já o ocupam, se mantivessem no mínimo bem informados, afinal hoje em dia já temos a internet e estes cavalheiros, com certeza tem acesso à rede mundial.
Um abraço e até á próxima.
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